Adesão dos trabalhadores à greve da CP é "quase total"

O coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, disse hoje que a adesão à greve dos trabalhadores da CP está a ser "significativa, quase total", cumprindo-se apenas os serviços mínimos.
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"Os comboios que estão a circular são os que estão inseridos nos serviços mínimos. Neste momento, tirando isto [serviços mínimos] a adesão é total. Todo o serviço comercial da CP está encerrado, as bilheteiras e só há meia dúzia de comboios a circular inseridos nos serviços mínimos", disse, num balanço feito à Lusa às 07:00.

José Manuel Oliveira adiantou que os resultados que possui neste momento dizem respeito ao turno que começou às 22:00 de terça-feira.

"Quanto aos comboios de mercadorias, regista-se uma paralisação total desde as 00:00 uma vez que aqui não há serviços mínimos", adiantou.

Na opinião de José Manuel Oliveira, a situação ao longo do dia "deverá manter-se igual, ou seja, serão efetuados apenas os serviços mínimos", referiu.

Também fonte da CP disse hoje de manhã à agência Lusa que os serviços mínimos estão a ser cumpridos, tendo circulado até às 06:00, 29 comboios por todo o país, incluindo dois urbanos em Lisboa e um em Coimbra.

A greve da CP está inserida numa semana de luta dos trabalhadores do setor dos transportes que se prolonga até sábado, estando prevista a realização de vários plenários e paralisações em várias empresas públicas e privadas.

Além da CP, também os trabalhadores da Scotturb, rede de transporte nos concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, aderem hoje ao protesto com um dia de paralisação.

A Carris junta-se à semana de luta da Fectrans com um plenário de trabalhadores reformados em frente ao Ministério da Economia, na quinta-feira, às 10:00.

Na sexta-feira, a paralisação afeta a Transportes Sul do Tejo (TST), com plenários no Laranjeiro, Setúbal, Sesimbra e Montijo, e a Rodoviária de Lisboa, com concentração junto à administração da empresa.

A Fectrans agendou a semana de luta para evidenciar os problemas com que os trabalhadores se confrontam em cada empresa, que, "quase todos resultam das políticas que o Governo desenvolve com vista a aumentar a exploração de quem trabalha", explica o coordenador José Manuel Oliveira.

A semana de luta termina no sábado com uma manifestação nacional, com concentração no Largo Camões, às 14:30, até à Assembleia da República.

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